A sabedoria está no meio

CONTEXTO: Jujubinha aprendendo a ler (já conseguindo ler e escrever as primeiras palavras, através de aprendizado silábico e não “decorebismo fonêmico”, utilizando os sons das letras, no Colégio Marupiara, 1^o ano – antiga pré-escola)

Nesta semana fiz meu melhor Mapa do Tesouro e achei que poderia compartilhar a experiência e alguns detalhes, fazendo uma retrospectiva do que foi bem bacana e o que não funcionou bem.

Com alguns posts deste tipo aos domingos espero ajudar outros pais e mães no processo de fazer brincandeiras com seus filhos. São coisas simples, mas que acho que fazem a diferença!

Estes eram os tesouros a serem encontrados:

Restrições que segui:
– Letras de forma nas pistas, para estimular a leitura sem ajuda pela Juju;
– A quantidade de moedas era 8, portanto 8 pistas
– A primeira pista ficaria escrito atrás do “Mapa”
– Escolher somente locais seguros (vacilei em um deles)
– Não criar MUITA dificuldade para não tornar a brincadeira cansativa (só vc conhece os limites de seu filho)
– Eu queria utilizar números, portanto, numerei no mapa os pontos com pistas, parecia que era entregar de graça os tesouros, mas a Juju não tirou proveito disso para a minha sorte.

Roteiro:
1) Pensei em quais lugares da casa eu poderia esconder discretamente as moedinhas de chocolate, de forma que ela não percebesse, mas que pudesse encontrar com facilidade. De cara, já pensei em alguns, outros fui desenho o ponto no mapa.
2) À medida que eu pensava nos locais, eu já traçava no papel um mapa meia-boca (até que ficou detalhado rsrs) do nosso apartamento.
3) Indique com números de 1 a 8 os pontos onde estaria o tesouro (procurei distribuí-los geograficamente distanciados em nosso apê)
4) Escrevi pistas em pedaços de papel retangulares, com letras de forma e grandes (PISTA 2: “MESA DE JANTAR”).
No verso do mapa escrevi a PISTA 1: “LAVA-ROUPAS”

E este foi resultado final do “mapa do tesouro”, com as respectivas pistas intermediárias que a Jujubinha foi encontrando:

RETROSPECTIVA:

PONTOS POSITIVOS:

• a brincadeira deixou a Juju alegre (ela adora caça ao tesouro)
• vê-la cheia de expectativa e ansiosa para encontrar cada uma das pistas, a alegria dela encontrar as moedas e a vontade de ir encontrar a próxima e a próxima rsrs,
• a vitória de conseguir ler, mesmo com dificuldade as palavras e, PRINCIPALMENTE, ver sentido no que ela acabou de pronunciar.
• pudemos trabalhar as atitudes de NÃO SE ENTREGAR ou fazer corpo mole pedindo ajuda para leitura, não criticamos a dificuldade técnica de leitura.
• Achei MUITO divertida e didática a brincadeira!

PONTOS NEGATIVOS:

• algumas palavras e expressões foram demais para ela, eu podia ter facilitado um pouco mais CHUVEIRO e RACK foram os piores, mas acho expliquei com naturalidade e ela seguiu tb com naturalidade.
• “Semi-perplexidade” que senti no meio do processo de leitura, tendo que intervir um pouco para auxiliar nestas palavras acima.
• Ela quase desistiu, mas estimulamos ela a ter força, não ter preguiça e continuar.

DÚVIDAS:

• como eu poderia ter feito melhor a brincadeira?
• como aplicar contagem de passos ou dicas indiretas, diferentemente do que fiz.
• o que você achou da forma como fiz esta brincadeira? (comentem abaixo neste post, por favor!)

CONCLUSÕES:

A brincadeira foi bacana, nem de longe foi a melhor, já fiz outras coisas que a Ju se empolgou e deu muito mais risadas, eu também.

Mas esta tinha um fundo lúdico, portanto, exigiu um pouco de disciplina durante a brincadeira e a preocupação com leitura intencionalmente.

AH!! O que eu mais gostei foram as bordas do papel queimadas no fogão rs.

COMO FAZER:

• Corte os papéis com a mão mesmo ou com uma régua.
• Passe as bordas dos papéis no fogo a uma certa altura suficiente para pegar fagulhas (FAGULHAS! Não fogo!) nas bordas e não queimar sua mão.
• As fagulhas que surgem nas bordas do papel já cuidam sozinhas de dar os formatos de mapa do tesouro velho e “rasgado torto” nas bordas. Sopradinhas podem ajudar.

Boa diversão a todos!!

=)