Limites que expandem
Indiferentes às parcialidades
Das visões que a cada qual
Predominam no interpretar
Sabedoria estar no meio,
Tirar a média não é.
Tomar a média das coisas
Cegueira é, por vezes.
Para cada ponto de vista
Uma interpretação se perfaz
A cada item de contexto adicionado
Cada uma delas se multiplica
Quanto mais nova a raiz é
Menos profunda é a capacidade
De contextos e suas malícias
Desarmar, explorar, esperar
É aí que os extremos residem
Descompensam, colhem, cospem
Desesperam-se, dormem mal,
Dormem uma vida inteira,
Vivem tudo ao extremo,
Sem medida, carpe diem,
Afinal, hoje existe
Amanhã pode não haver
Mas o Tempo inexorável
Dá sua cara Consistente
Conectando numa coisa só
O Hoje e o Amanhã…
O meio é para poucos,
A média é para muitos.
Mas muito e pouco são relativos
Como a si mesmo se interpretam?
A sabedoria é dos loucos
Que buscam algo que não vem
Mas estes malucos proveito tiram
Dos sobes e desces da busca
Proveito que simplesmente difere
Do que tentam tornar senso comum
Do que tentam tornar estático
Do que tentam por num texto regular
Como este
Se tentaste compreender como encontrar
O meio onde a sabedoria está
Neste “poema” não o há de realizar
Algum dia, quiçá
Nos caminhos que a vida trilhar